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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

A jornada (parte 6)




Tchibum!
Mas que droga, havia caído no mar!
Estava nos mares da Ilha da Colina
E um peixe disse que meu nome era Macunaíma
Um sol que me cegava os olhos e aquela água salgada
Tudo que eu queria era achar ao menos uma jangada
Melhor que isso, ao meu lado surgiu um navio
Nadei até ele e prontamente me jogaram uma corda
Subi e lá entrando fui recebido por um homem com um dente de prata
Logo percebi que se tratava de um navio pirata
E eu deveria fazer uma escolha
Ou me tornaria um pirata ou eu seria comida de tubarão
Nada contra esse dócil peixe, mas escolhi a primeira opção
Chapéu, bota, roupa e espada
Acho que me meti numa enrascada
Em pouco tempo descobri que entre nós havia um espião
Seu nome era Vasco e logo se tornou um grande irmão
Precisava libertar a índias Gama e Penada
Uma era sua mulher, a outra sua cunhada
As duas foram feitas escravas pelos piratas
E seriam vendidas para burgueses por algumas pratas
Resolvi ajudar Vasco nessa missão
Afinal, sempre fui contra escravidão
Eu já havia conseguido roubar as chaves das celas das escravas
Consegui libertá-las mas aconteceu o que eu não esperava
O capitão dos piratas havia acordado e vi que tinha um gancho no lugar da mão
Seu nome era Capitão Gancho, dizia ser um grande vilão
Disse que mataria a mim, Gama e sua irmã
Mas de repente, surge dos céus um menino chamado Peter Pan
E os dois lutaram, punhal contra gancho
e nós três escondidos dentro do rancho
E quando parecia que o pirata venceria essa luta
Eis que Vasco surge e o acerta com uma fruta
Peter Pan se aproveita da situação
e com uma punhalada arranca sua outra mão
Capital Gancho se desequilibra, cai no do navio e desaparece
E no mar surgem dois navios enquanto o dia amanhece
Um guiado pela Wendy e o outro sem ninguém
que chegou até ali graças aos espíritos do além
Fruto de uma reza da índia Penada
Êta índia danada!
Ela disse que eu precisava daquele barco pra continuar a minha jornada
Peter Pan se despediu de mim junto com Vasco e as índias
E seguiram em seu navio rumo à Terra do Nunca
Enquanto eu fiquei sozinho no outro navio
E eu nem sabia navegar
E de repente meu nariz começou a coçar
Não aguentei e comecei a espirrar
E do meu espirro a velha coruja surgiu
E me disse que minha jornada eu deveria continuar
"- Acho que já ouvi isso em algum lugar"
E que vergonha, até a coruja sabia navegar!
" -E agora, pra onde esse bicho vai me levar?"







domingo, 24 de outubro de 2010

A jornada (parte 5)




Finalmente, agora minha jornada teria terminado
Eu tinha asas e auréola, estava no céu
Um anjo no paraíso
Foi quando na minha frente surgiu o arcanjo Miguel
Disse que nada estava acabado e completou:
"- Eu sou aquele como Deus,
e escolhi você para meu exército liderar.
Você não está nem na Terra nem no Paraíso,
está entre esses dois mundos.
Deves derrotar o exército dos anjos negros caídos,
liderados por Mammon,
que se vencerem chegarão ao Paraíso,
e o transformarão em inferno,
Havendo dois infernos, o mal dominará a Terra também."
Eu poderia apenas concordar e dizer "amém"
Mas dessa vez estava com medo e insegurança
E Miguel disse apenas para eu ter sempre perseverança
Isso não me acalmou e indaguei:
" - Miguel, por que eu? Eu não sou perfeito,
não sou santo e tenho tantos defeitos!
Apenas ando pra lá e pra cá,
e não sei nem onde devo estar.
Acredito que se o Senhor não quiser que tudo acabe em morte,
sugiro que escolha alguém mais digno e forte."
Miguel respondeu prontamente:
" - Você está exatamente onde deveria estar,
Você não é perfeito mas ninguém é,
O seu escudo e a sua espada são a sua fé,
Não posso te dizer o porquê dessas coisas,
Digo apenas que está no seu sangue e no seu destino,
Não duvide de sua força, tenha confiança,
Não desista nunca, tenha esperança."
Dito isso ele desapareceu
e em minha mão surgiu uma lâmina especial,
que brilhava como o ouro e matava qualquer mal
Nisso, surge vindo na minha direção, Mammon
Sua pele era clara mas sua alma era escura
O anjo mais negro dos anjos caídos
Em sua mão esquerda empunhava uma lâmina especial negra
Ele disse:
" - Diga-me o seu nome."
" - Meu nome é Jó" - respondi
" - Jó, tenho uma proposta a lhe fazer.
Meu exército continua lá embaixo,
e o seu continua lá em cima,
assim mais nenhum anjo irá morrer,
Apenas fica entre mim e você."
E eu respondi:
" - Concordo com sua proposta,
Prepare-se Mammon, pois..."
Antes de terminar a frase o anjo safado me deu um golpe covarde
Inesperadamente com sua lâmina arrancou meu braço direito
Ele gargalhava, certo de que a batalha estava ganha
Mesmo com apenas um braço tentei acertar seu peito
Mas ele desviou e me acertou outro golpe
Que cortou minha barriga e me fez cair no chão
Sem forças pra levantar, lembrei de tudo que vivi até ali
Lembrei de como eu era um cara normal antes de começar minha jornada
E pensei: "O que estou fazendo aqui?"
Mas lembrei da frase do tio do homem aranha:
"Para grande poderes cabem grandes responsabilidades"
Tudo bem que eu não tinha nenhum poder nem habilidades
Mas eu tinha sim uma grande responsabilidade
Eu levantei e disse:
"- Mammon, isso ainda não acabou,
Vou te mandar para o inferno!"
Avancei destemidamente
e meu braço esquerdo ele arrancou
Fiquei parado, sem braços, esperando a morte chegar
Mas lembrei das palavras de Miguel
Eu deveria acreditar
Deveria ter esperança
E quando o anjo negro veio na minha direção
Lembrei que minha fé era o meu escudo
E quando sua lâmina atingiu meu pescoço ela se estilhaçou
E eu não sofri nenhum arranhão
Depois disso lembrei que minha fé era a minha espada
E com um olhar cortei seu pescoço e sua cabeça rolou pelo chão
Miguel apareceu, sorriu pra mim e disse:
" -Parabéns meu irmão,
Você entendeu que sua fé é maior que qualquer escuridão,
Percebeu que quando você fica mais fraco é quando você fica mais forte.
Suas vitórias nada têm a ver com sorte,
Não duvide de você, não desista, sempre há uma saída
Isso é dar valor a sua vida.
Tome de volta seus braços,
E agora curo sua ferida.
Até um dia Jó, e pé na estrada!"
Após isso abre-se um buraco na nuvem e caio pelo espaço
Hora de continuar minha jornada
E como era bom sentir meu braço!








terça-feira, 19 de outubro de 2010

A jornada (parte 4)




Quando abri meus olhos notei que meu corpo estava pesado
e que estava vestido com uma armadura e que empunhava uma espada
Percebi então que não só no espaço eu tinha viajado
Estava em outra cidade em alguma época do passado
Preso numa cela com outros três enjaulados
De repente a cela é aberta e sou empurrado para fora por meia dúzia de soldados
Eles me levaram para um local onde a alegria do público era plena
A platéia gritava e vibrava com cada gota de sangue derramado
Estava dentro de uma arena
Quando meu oponente deferiu um golpe que me acertou o rosto
Caí no chão e senti uma enorme dor
Vi que não era fácil essa vida de gladiador
Ao menos não havia quebrado nenhum osso
Ainda estava tonto quando ele veio correndo me dar o golpe de misericórdia
Mas numa fração de segundos desviei dele e cravei a espada em seu pescoço
O combate estava terminado e a platéia gritava meu nome: "Natanael, Natanael!"
Após isso fui tratado como rei
Várias mulheres me deram banho, vinho e mel
dentre outras coisas...
Todo o conforto e luxo eu tinha nos meus aposentos
Dentro de um palácio, ao lado de um convento
Dessa parte não tenho o que reclamar
Mas eis que da janela surge novamente a maldita coruja
Que dizia que teria que me levar
E a minha resposta, é claro, foi não
A coruja, irada, dessa vez não se transformou em leão
Pior, transformou-se em dragão
Cravou suas patas em mim e voou
Quebrando todo o teto dos meus aposentos
Levando-me aos céus, pensei:
"-Adeus Elísio, nesse lugar eu gostei de estar"
A maldita coruja-dragão me soltou e caí em outra cidade
Que não ficava na terra e nem no mar
Minha mais nova cidade flutuava no ar.

Obs: Não levem a sério a foto, oeahaeohohea


sábado, 16 de outubro de 2010

Lembrei

Hoje, quando eu fechei os meus olhos, lembrei...
Que enquanto eu fazia questão de mostrar o quanto sou fraco,
Você me mostrou o quanto sou forte.
Quando eu fazia questão de citar tudo o que eu não posso fazer,
Você citou tudo o que eu posso fazer.
Quando eu lhe mostrei em quem eu não podia confiar,
Você me mostrou em quem eu posso confiar.
Quando eu achava que nada mais importava,
Você me mostrou que tudo tem importância.
Lembrei das vezes que você não me deixou cair.
E quando caí, você me levantou.
E se me machuquei na queda, você me curou.
Curou meu corpo.
Curou minha alma.
Amanhã talvez eu não lembre dessas coisas, novamente...
e já peço desculpas por isso.
Mas hoje eu posso dizer que lembrei.
Isso que importa.


A jornada (parte 3)





Assim que abri meus olhos percebi que meus dedos estavam enrugados
E as minhas palavras saíram com um som engraçado
tudo tinha um som engraçado
E eu estava completamente molhado
tudo estava completamente molhado
Sim, eu estava debaixo d'água
Numa cidade chamada Agadoisoh
E não sei de que jeito eu possuía guelras e escamas
Era tudo escuro mas ao mesmo tempo era tudo muito claro
E o céu era o oceano
Enquanto andava encontrei um cavalo marinho chamado Salém
que me perguntou se eu era o Aquaman
Disse que não e que meu nome naquela cidade era Artêmis
e pedi que me ajudasse a continuar minha jornada
Salém disse que eu deveria encontrar um cara chamado Netuno
marido de Janaína
e que ele deveria estar cuidando de sua salina
Enquanto procurava a tal salina senti um vulto passar ao meu lado
Tratava-se do temido tubarão chamado Linguado
Eu nadava, nadava e de nada adiantava
Linguado se aproximou e preparou-se para me abocanhar
Mas rapidamente um pequeno peixe veio de cima mordeu o tubarão
arrancando seu olho e cuspindo-o no chão
O tubarão foi embora caolho e mais furioso que o demo
O pequeno peixe se apresentou como Nemo
que ainda me disse que a salina era logo ali
Agradeci e parti
Cheguei na salina e encontrei Janaína
Ela me disse que sua filha Ariel me mostraria o caminho
Ariel era uma sereia
E me disse ser triste pois não era nem peixe e nem humana
por isso se achava uma criatura bizarra e feia
A convenci de que ela realmente era bizarra, mas não era feia
Ariel ficou feliz e finalmente chegamos até seu pai
Logo percebi que todos o respeitavam
era como um rei da cidade das águas
e como um pai pra toda essa gente
Tinha uma corôa e um tridente
E ao me ver ficou feliz e sorridente
E me disse para não temê-lo pois ela era um amigo
pois sabia que no final eu derrotaria o inimigo
Mandou que entrasse na grande ostra
que ela me cuspiria para uma cidade chamada Elísio
e que lá meu nome seria Natanael
Prontamente o fiz, entusiasmado
e pela primeira vez na minha vida fui escarrado...














domingo, 3 de outubro de 2010

A jornada (parte 2)





Depois de algumas horas andando,
cheguei na cidade de Sião.
Encontrei um rapaz chamado Davi,
que logo me chamou de irmão,
e disse para respeitar essa cidade sagrada.
Perguntei a ele sobre a tal moça chamada Sookie,
Ele disse para ter cuidado pois ela é amaldiçoada,
Disse também que ela é sua filha mas escolheu o caminho errado,
e que agora ele não poderia fazer mais nada,
e para achá-la eu deveria seguir a trilha da escuridão.
Completamente confuso, continuei a fazer o que sempre fiz,
Seguir sem olhar para trás, sempre em frente,
Mas confesso, dessa vez foi diferente,
A cada passo que eu dava o caminho escurecia,
chegando a um ponto em que nada mais eu via.
Apenas um ponto brilhante na minha frente,
E quanto mais me aproximava mais ele brilhava,
Mas era um brilho medonho,
Um brilho sombrio de cor anil.
Finalmente cheguei e vi que se tratava de uma casa,
Uma casa negra com um brilho sombrio reluzente.
Entrei na casa e, para minha surpresa, enxerguei com clareza,
de onde vinha tamanha claridade?
Logo percebi que a luz vinha da menina Sookie.
Como poderia ser ela a tal mulher amaldiçoada?
Na verdade nunca vira alguém tão iluminada...
Ela disse que poderia me ajudar com minha jornada,
Mas antes deveria ajudá-la matando seu namorado,
que bebia seu sangue e a mantinha aprisionada.
Mas com esse vampiro não bastaria uma estacada no peito,
isso não surtiria efeito,
Minha arma deveria ser o fogo,
E tudo que ela pôde me dar foi um isqueiro.
Depois disso senti um estranho cheiro.
Cheiro de peixe morto com enxofre e aipim,
Logo percebi que o vampiro Gallardo estava atrás de mim.
Deu-me um soco e voei no chão,
Ao se distrair, Sookie rapidamente prendeu suas mãos,
com a corrente mágica de Davi,
que seu pai a deu quando ela tinha 7 anos,
dizendo-lhe que ela deveria usar na hora certa,
que somente ela saberia quando seria.
E o vampiro não mais se movia,
Apenas gritava palavras de baixo escalão.
Levantamos o vampiro e o jogamos no colchão,
Cobrimos com um lençol banhado de óleo de tubarão,
Acendi o isqueiro e rapidamente alastrou-se a chama,
Gallardo soltou o último suspiro de horror,
E simplesmente se evaporou.
E toda a trilha da escuridão se iluminou,
Sookie manteve sua palavra e me ajudou,
Fez um corte na sua mão,
e uma gota de seu sangue tive que beber.
Um abraço dela em seu pai Davi ainda pude ver,
Logo depois senti meu corpo cada vez mais longe dali,
E, subitamente, desapareci.


sábado, 2 de outubro de 2010

A jornada (parte 1)



Eu tive um sonho,
Nesse sonho eu viajava sem rumo pela estrada,
sem ligar pra nada.
Em cada lugar que eu parava eu tinha um nome diferente,
Foi quando parei numa cidade chamada Pé quente,
Nesse lugar eu tive muita sorte,
Aconteciam as coisas mais irreais,
Caí no chão e achei 100 reais,
Comi espinafre e fiquei forte.
Conheci a Julia Roberts e ela perguntou meu nome,
Disse que nessa cidade me chamava Jivaro,
e ela logo quis comigo se casar.
Mas uma coruja me disse que minha jornada tinha que continuar.
Continuei andando, andando e andando,
e senti que minha sorte já estava acabando.
Estava com fome e sede,
e o sol forte me matando.
Acabei desmaiando.
Acordei numa manjedoura,
e a mula-sem-cabeça veio logo me falar:
"- Você perdeu a cabeça, garoto?"
Dito isso ela me deu uma cenoura,
disse que deveria comê-la toda, pois era mágica.
Comi tudo e da maneira mais mágica fiquei com dor de barriga.
Senti algo no meu estômago como se fosse uma lombriga.
Fiquei enjoado e vomitei uma coruja,
a mesma coruja de antes.
Novamente ela disse que deveria seguir adiante.
Mas eu disse que estava cansado,
ela perguntou qual o meu nome,
eu disse que nessa cidade me chamava Ricardo.
ela disse então que era o destino dela ter que me matar.
Dito isso a coruja se transformou num leão,
e avançou na minha direção.
Eu corri e trombei com Daniel,
que disse que poderia me ajudar.
Daniel brigou com o leão e caiu numa cova.
Não sei de que jeito,
Daniel fez com que o leão não mais abrisse a boca,
saiu da cova e me disse:
''Siga até a cidade mais próxima, chamada Cipriano,
Lá seu nome será Germano".
Cheguei na cidade,
e encontrei um moço chamado Raul,
que me disse que aquela cidade era uma maravilha,
e que toda a sociedade era alternativa,
e eu disse: "Viva! Viva!"
Raul foi embora tomar banho de chapéu.
Entrei numa casa que estava com a porta aberta,
Fui recebido por um cachorro chamado Luck.
Ele me disse que eu precisava encontrar uma mulher chamada Sookie,
Mas eu deveria ter cuidado,
pois ela namorava um vampiro,
que se chamava Gallardo.
E eu deveria encontrá-la na cidade chamada Sião.