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segunda-feira, 5 de julho de 2010

80 ou 80

Posso não saber o que dizer, fazer, ser ou pensar
Posso estar caminhando na direção oposta do planejado
Porque na verdade não planejo mais nada
Apenas fecho os olhos e caminho
Não posso e não quero parar em um só lugar
ou andar pra trás
Eu quero ir pra longe
Eu quero que o amanhã seja sempre diferente de hoje
E eu não quero saber como vai ser amanhã
Eu quero o limite, o máximo
O extremo
Sem essa acomodação infernal
Quero chegar sem avisar
Quero que cheguem sem avisar
Quero aquele olhar de surpresa
Quero transbordar espontaneidade
O risco é o preço a se pagar
Eu pago com juros
Dê-me um litro da mais abençoada água benta
Dê-me um litro do mais letal veneno
Posso até perder a batalha
mas quero lutar até suar sangue
até não restar mais nada
E vencendo ou perdendo
vai valer a pena.