Mas que droga, havia caído no mar!
Estava nos mares da Ilha da Colina
E um peixe disse que meu nome era Macunaíma
Um sol que me cegava os olhos e aquela água salgada
Tudo que eu queria era achar ao menos uma jangada
Melhor que isso, ao meu lado surgiu um navio
Nadei até ele e prontamente me jogaram uma corda
Subi e lá entrando fui recebido por um homem com um dente de prata
Logo percebi que se tratava de um navio pirata
E eu deveria fazer uma escolha
Ou me tornaria um pirata ou eu seria comida de tubarão
Nada contra esse dócil peixe, mas escolhi a primeira opção
Chapéu, bota, roupa e espada
Acho que me meti numa enrascada
Em pouco tempo descobri que entre nós havia um espião
Seu nome era Vasco e logo se tornou um grande irmão
Precisava libertar a índias Gama e Penada
Uma era sua mulher, a outra sua cunhada
As duas foram feitas escravas pelos piratas
E seriam vendidas para burgueses por algumas pratas
Resolvi ajudar Vasco nessa missão
Afinal, sempre fui contra escravidão
Eu já havia conseguido roubar as chaves das celas das escravas
Consegui libertá-las mas aconteceu o que eu não esperava
O capitão dos piratas havia acordado e vi que tinha um gancho no lugar da mão
Seu nome era Capitão Gancho, dizia ser um grande vilão
Disse que mataria a mim, Gama e sua irmã
Mas de repente, surge dos céus um menino chamado Peter Pan
E os dois lutaram, punhal contra gancho
e nós três escondidos dentro do rancho
E quando parecia que o pirata venceria essa luta
Eis que Vasco surge e o acerta com uma fruta
Peter Pan se aproveita da situação
e com uma punhalada arranca sua outra mão
Capital Gancho se desequilibra, cai no do navio e desaparece
E no mar surgem dois navios enquanto o dia amanhece
Um guiado pela Wendy e o outro sem ninguém
que chegou até ali graças aos espíritos do além
Fruto de uma reza da índia Penada
Êta índia danada!
Ela disse que eu precisava daquele barco pra continuar a minha jornada
Peter Pan se despediu de mim junto com Vasco e as índias
E seguiram em seu navio rumo à Terra do Nunca
Enquanto eu fiquei sozinho no outro navio
E eu nem sabia navegar
E de repente meu nariz começou a coçar
Não aguentei e comecei a espirrar
E do meu espirro a velha coruja surgiu
E me disse que minha jornada eu deveria continuar
"- Acho que já ouvi isso em algum lugar"
E que vergonha, até a coruja sabia navegar!
" -E agora, pra onde esse bicho vai me levar?"