Cometa
segunda-feira, 2 de setembro de 2024
Tcham
quarta-feira, 16 de agosto de 2023
A Pipa
segunda-feira, 1 de agosto de 2022
Saindo
Ah esse irritante vício de pensar. Eu tento parar, mas é como andar sem conseguir não olhar pra trás. E olhar pra trás sempre me atrapalha a andar pra frente. E me ensinam a respirar fundo que tudo vai ser diferente. Só faltou explicar isso pra minha mente.
Sei que ir embora daqui não afasta meus fantasmas, que me acompanharão onde eu estiver. Mas mesmo assim sinto que não estarei aqui por muito tempo, e isso me reconforta. Quando a rotina dos seus devaneios fica cada vez mais penosa, a leve sensação de deixar tudo pra trás parece ser maravilhosa.
Andar naquelas ruas de pedra sabão me fez bem. Preciso voltar lá. Ah dentista inconfidente... sua terra não tem igual. De etapa em etapa, de prova em prova, quem sabe não chego aí novamente? E quem sabe dessa vez permanentemente?
Quanto desperdício de liberdade ficar parado tanto tempo, ou pior: parar na metade do caminho. Ou ainda pior: pegar uma rua sem saída, tendo que voltar todo o caminho. Mas não adianta o GPS avisar que aquele caminho é o errado, eu vou ter que ir lá pra descobrir. Ah maldito empirismo... Mas seguimos em frente. Descobri que o que acelera a mente é a ausência de passos. Aceleração da fantasia compensando a lentidão da realidade. Chegou a hora de inverter esse paradoxo. De sair dessa prisão de insanidade.
segunda-feira, 16 de maio de 2022
Roteiro
Que até prefiro esconder
quinta-feira, 24 de junho de 2021
Paraíso Verde
Duas esmeraldas verdes que me olham brilhantes
Com um sorriso que ilumina e me faz sorrir contigo
Tenho que ir embora mas posso ficar mais um instante
Sinto que não sinto o que deveria sentir um amigo
Sei que um dia não mais nadarei por esse verde mar
Mas já tenho muita sorte em aproveitar cada momento
Como um vício cada vez mais difícil de largar
E depois a saudade bate na minha janela como o vento
Se eu pudesse tiraria o peso de suas costas
fazendo você feliz por ao menos um segundo
Num abraço do jeito que você gosta
Ah se pudesse eu te daria o mundo
Anda, acorda, vamos passear
Temos tempo para mais um mergulho
Quero ver esse sorriso brilhar
Você sempre será o meu orgulho
sábado, 23 de abril de 2016
Tempos difíceis para os que sonham
terça-feira, 23 de fevereiro de 2016
Outro caminho
Uma pedra que me desanimou, que fez mudar totalmente meu caminho. Um caminho mais longo, mais estreito, com um sol mais forte que atrapalha minha visão e me deixa mais confuso.
A pedra é ditadora e covarde, quis não apenas atrapalhar meu caminho, quis também me calar, pois minha boca não abria quando eu tentava falar sobre como ela me prejudicara. Quis me fazer impotente, sem escolhas. E eu me senti perdido e sozinho. E tive vontade de parar de seguir em frente e voltar.
Mas como eu disse antes, eu tenho anjos comigo. Eles não me deixaram voltar, e muitas vezes até me empurravam. E me acalmavam quando eu tinha vontade de voltar e chutar a pedra, pois sabiam que eu ia quebrar o pé. E me convenceram de que no final da jornada a pedra iria cair, pois ela é uma pedra, não uma rocha. Pois uma rocha se constrói com verdades, não com farsas. E essa pedra parece muito forte, mas na verdade é oca e frágil, e não vai durar muito tempo. Vai virar areia, e o vento vai levar.
O importante é que depois disso nós ficamos. E vamos falar sobre o que quisermos, inclusive da pedra. Mas não com raiva, apenas pena, ela não sabe o que faz. E vamos rir, e beber cerveja, porque meus anjos não são puritanos. E estaremos preparados para mais pedras como essas. E terei os anjos comigo, em momentos que eu gostaria de congelar, como quando eu como bacon ou ando em um cavalo preto que não me obedece, no meio de um paraíso não tão distante. Esses momentos são meus atalhos, que encurtam a distância de um percurso árduo e me fazem esquecer dessas pedras.
E sim, eu devo ter alguma fixação com pedras e anjos.
domingo, 10 de maio de 2015
Ainda
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015
Racha
Nossas discordâncias não podem ser premissas de ódio mútuo. O que está acontecendo com a gente? Saudade do tempo em que as relações eram mais simples, que as pessoas eram mais tolerantes. Discutir? Claro que discutiremos sempre. E devemos discutir, e argumentar e mostrar nossas posições. Mas com decência, sem prepotência, com diálogos respeitáveis. Vejo pessoas que antes eram tão pacatas, agora "perdendo a linha" no facebook com outras pessoas, amizades se desfazendo. E por que? Apenas porque pessoas pensam diferentes? Quando essa conclusão passou a ser alguma novidade? Quando foi que uma opinião passou necessariamente a ser uma ofensa a quem opina diferente? Parece que estamos retrocedendo, de maneira cega, porque achamos que estamos mais "politizados", quando na verdade estamos apenas levantando a bandeira de um certo grupo que nos diz o que fazer. Você pode me dizer que não, que nós fazemos parte de tal grupo porque partilhamos de suas ideias, e não porque ele nos impõe essas ideias. E você não deixa de ter razão, normalmente esse é o ponto de partida, mas o que acontece muitas vezes é que nós deixamos de fazer parte do grupo, para nos tornarmos o próprio grupo. Você perde sua individualidade. Você se mescla a tal grupo, compra a ideia desse grupo, achando que é sua e nem percebe mais que não é. Torna-se uma pessoa fanática por um ideal, exclui qualquer pessoa de pensamente diferente, fica intolerante e chato. Muito chato. E eu não tô puxando sardinha pra nenhum lado não, isso se aplica à qualquer lado, divisão, fronteira, tudo.
Então, vamos parar de frescura. Vamos ser felizes juntos pensando diferente.
domingo, 2 de novembro de 2014
A vida é um circo
Quantos mágicos já não passaram pela nossa vida? Com suas truques, iludem todos nós e nos divertem. Ou nos machucam. Saibamos diferenciar os bons mágicos dos ruins. Regra essa que vale para todos os outros personagens.
As trapezistas, que parecem inalcançáveis, fazendo-nos olhar pra cima, vendo-as brilhar, e brilhando nossos olhos também. A boa notícia é que elas não são inalcançáveis, muitas vezes estão no nosso nível, ao nosso lado, basta olharmos direito.
Os malabaristas, com sua habilidade de se safar dos problemas, de se adaptar a quase todas as circunstâncias. Mesmo com esse dinamismo e essa habilidade, às vezes deixam os bastões cairem. Aí é só saber recomeçar.
Temos também as que cospem fogo. É sempre bom ter cuidado com essas, afinal, não devemos brincar com fogo. Mas como é bom estar com elas, como é prazeroso conviver com essa energia, que te faz mais vivo e até te vicia. Nesse caso, você só sairá queimado esse fogo apagar. E é uma queimadura que deixa cicatrizes.
Os que domam leões, por incrível que pareça, não são raros. Corajosos, enfrentam os maiores desafios, arriscando o próprio pescoço. Muitos deles não tem escolha, a vida pode ser selvagem com muitos.
E os palhaços? Ah, os palhaços... Tem como não gostar deles? Fazem-nos felizes, fazem-nos rir e esquecer de tudo. Companhias obrigatórias, e tão importantes em nossas crises. Saibamos cuidar deles também, porque muitas vezes eles riem, mas choram por dentro.
Nesses circo, nós somos muitas vezes mágicos, trapezistas, malabaristas, cuspidores de fogo, domadores de leões e palhaços. Muitas atuações são dignas de aplausos, outras, nem tanto. Mas façamos nosso papel com dignidade, independente do público, que pode te ajudar mas também pode ser cruel algumas vezes. Então construa seu circo e faça um espetáculo digno de Cirque du Soleil. Afinal, o show não pode parar.