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domingo, 2 de novembro de 2014

A vida é um circo



   Sério que você não consegue o quanto a vida é fantástica? Não consegue ver a magia, a fantasia presente nela? A vida, meu caro, é um circo.
   Quantos mágicos já não passaram pela nossa vida? Com suas truques, iludem todos nós e nos divertem. Ou nos machucam. Saibamos diferenciar os bons mágicos dos ruins. Regra essa que vale para todos os outros personagens.
   As trapezistas, que parecem inalcançáveis, fazendo-nos olhar pra cima, vendo-as brilhar, e brilhando nossos olhos também. A boa notícia é que elas não são inalcançáveis, muitas vezes estão no nosso nível, ao nosso lado, basta olharmos direito.
  Os malabaristas, com sua habilidade de se safar dos problemas, de se adaptar a quase todas as circunstâncias. Mesmo com esse dinamismo e essa habilidade, às vezes deixam os bastões cairem. Aí é só saber recomeçar.
  Temos também as que cospem fogo. É sempre bom ter cuidado com essas, afinal, não devemos brincar com fogo. Mas como é bom estar com elas, como é prazeroso conviver com essa energia, que te faz mais vivo e até te vicia. Nesse caso, você só sairá queimado esse fogo apagar. E é uma queimadura que deixa cicatrizes.
  Os que domam leões, por incrível que pareça, não são raros. Corajosos, enfrentam os maiores desafios, arriscando o próprio pescoço. Muitos deles não tem escolha, a vida pode ser selvagem com muitos.
  E os palhaços? Ah, os palhaços... Tem como não gostar deles? Fazem-nos felizes, fazem-nos rir e esquecer de tudo. Companhias obrigatórias, e tão importantes em nossas crises. Saibamos cuidar deles também, porque muitas vezes eles riem, mas choram por dentro.
   Nesses circo, nós somos muitas vezes mágicos, trapezistas, malabaristas, cuspidores de fogo, domadores de leões e palhaços. Muitas atuações são dignas de aplausos, outras, nem tanto. Mas façamos nosso papel com dignidade, independente do público, que pode te ajudar mas também pode ser cruel algumas vezes. Então construa seu circo e faça um espetáculo digno de Cirque du Soleil. Afinal, o show não pode parar.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

E quando...



E quando brindamos aos nossos sonhos
E quando nossos olhos brilham
E quando nasce o desejo
E quando surge o beijo
E quando se esquece o que se passou
E quando se anseia pelo que virá
E quando volta o suspense
E quando recomeça o jogo
E quando surgem os desafios
E quando bebemos cerveja gelada
E quando bebemos bebida destilada
E quando não lembramos de mais nada
E quando lembramos e sorrimos
E quando dá aquela vontade
E quando bate a saudade
E quando dá aquele nervoso
E quando se sorri de novo

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Realidade

Ontem abri a janela e por acaso olhei as estrelas
E por um momento acreditei que elas conversavam
Mas não pude entendê-las
Pelo ritmo até parecia que cantavam

Dizem que elas não estão mais lá
Então é irreal o que eu posso enxergar?
Ouço uma música que é o eco do nada
Posso eu também ser uma miragem por outro avistada?

Em um mundo em que eu não mais existo
Mesmo assim por todos sou visto
Quase tão famoso quanto Cristo

E eles me enxergam de uma janela tão distante
Mas não vêem tanto do que está por perto
O que seria então mais importante?
O fantasma do Eu ou que se sabe ao certo?

Posso estar sonhando com olhos abertos
E vivendo com os mesmos fechados
E mesmo sabendo que quase tudo é incerto
Fico feliz por não saber que estou errado.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Sinto?

Um dia desejei nunca mais ter aquele sentimento
E que essa suposta fortaleza me protegeria para sempre
Imune aos ataques das batalhas da vida
Desejei a frieza de um iceberg
E assim sem mais sofrer

Que ironia é hoje  sofrer por essa frieza
Onde foi parar? Eu o perdi? Ou ainda está aqui e não encontro?
Acho que sim, faz sentido
Não quero ter perdido
Eu preciso disso, todos precisam
Que não seja o fim
Que seja um recomeço
Nós o acharemos e consertaremos tudo
E tudo ficará bem.