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domingo, 3 de outubro de 2010

A jornada (parte 2)





Depois de algumas horas andando,
cheguei na cidade de Sião.
Encontrei um rapaz chamado Davi,
que logo me chamou de irmão,
e disse para respeitar essa cidade sagrada.
Perguntei a ele sobre a tal moça chamada Sookie,
Ele disse para ter cuidado pois ela é amaldiçoada,
Disse também que ela é sua filha mas escolheu o caminho errado,
e que agora ele não poderia fazer mais nada,
e para achá-la eu deveria seguir a trilha da escuridão.
Completamente confuso, continuei a fazer o que sempre fiz,
Seguir sem olhar para trás, sempre em frente,
Mas confesso, dessa vez foi diferente,
A cada passo que eu dava o caminho escurecia,
chegando a um ponto em que nada mais eu via.
Apenas um ponto brilhante na minha frente,
E quanto mais me aproximava mais ele brilhava,
Mas era um brilho medonho,
Um brilho sombrio de cor anil.
Finalmente cheguei e vi que se tratava de uma casa,
Uma casa negra com um brilho sombrio reluzente.
Entrei na casa e, para minha surpresa, enxerguei com clareza,
de onde vinha tamanha claridade?
Logo percebi que a luz vinha da menina Sookie.
Como poderia ser ela a tal mulher amaldiçoada?
Na verdade nunca vira alguém tão iluminada...
Ela disse que poderia me ajudar com minha jornada,
Mas antes deveria ajudá-la matando seu namorado,
que bebia seu sangue e a mantinha aprisionada.
Mas com esse vampiro não bastaria uma estacada no peito,
isso não surtiria efeito,
Minha arma deveria ser o fogo,
E tudo que ela pôde me dar foi um isqueiro.
Depois disso senti um estranho cheiro.
Cheiro de peixe morto com enxofre e aipim,
Logo percebi que o vampiro Gallardo estava atrás de mim.
Deu-me um soco e voei no chão,
Ao se distrair, Sookie rapidamente prendeu suas mãos,
com a corrente mágica de Davi,
que seu pai a deu quando ela tinha 7 anos,
dizendo-lhe que ela deveria usar na hora certa,
que somente ela saberia quando seria.
E o vampiro não mais se movia,
Apenas gritava palavras de baixo escalão.
Levantamos o vampiro e o jogamos no colchão,
Cobrimos com um lençol banhado de óleo de tubarão,
Acendi o isqueiro e rapidamente alastrou-se a chama,
Gallardo soltou o último suspiro de horror,
E simplesmente se evaporou.
E toda a trilha da escuridão se iluminou,
Sookie manteve sua palavra e me ajudou,
Fez um corte na sua mão,
e uma gota de seu sangue tive que beber.
Um abraço dela em seu pai Davi ainda pude ver,
Logo depois senti meu corpo cada vez mais longe dali,
E, subitamente, desapareci.


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